4.7.12

S«o»




Acabaram-se os diálogos
o arsénio esgotou-se na incongruência da madrugada.



Colapsar das entranhas, no que – nunca – foi. 
Acabaram-se os dias,
as torneiras estão fechadas e os infantes devaneios foram  - levitar 
para outras paragens



[ que é feito da crença?
que é feito da religião e do Deus? ]



Os suores dos pré-conceitos de mim
escorrem-me agora, 
resfriados,
pelo que fui



Só gostava de saber onde meti a chave,
 o tabaco…
saber também o dia
sentir as ficções – fixações – da realidade, 
meros andrajos da civilização



Abre-me a porta
despe-me
deita-me




Pouco me interessa, o que teus olhos peneiram 
pouco sou do que pensei ser,
sobrando-me agora o que alvitram de mim



Anda
acabou-se a espera
já não espero nada,
é-me teu, o cheiro que chega
penso que baste.


O lego de betão fechou-se em mim
e eu
adormeci em nós.





Inês Vegetal

1 comentário:

  1. de um planeta distante

    observando com gosto

    dizendo nada de jeito

    todo meu o proveito.

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